quinta-feira, maio 01, 2025

O apagão dos descontos - 2ª parte

Em termos de prejuízos materiais, porque outros são difíceis de apurar, como o impacto para a saúde ou segurança dos residentes, este apagão implica, de forma directa, a perda de quase um dia de trabalho, sabendo-se que em diversas áreas de produção uma interrupção de um dia, ou mesmo de poucas horas, resulta numa disrupção que vai ter consequências por vários dias.

Sendo difícil de calcular, num país que tem um PIB de 284.900.000.000 de Euros, a perda de um dia útil corresponde a mais de mil milhões de Euros, a que acrescem os efeitos que se projectam no futuro, resultantes de disrupção de cadeias e interrupções de actividades, o que irá elevar substancialmente este valor.

Também é necessário apurar qual o valor de produtos pereciveis que se perderam, incluindo-se aqui alimentos que não puderam ser conservados, mas, também, medicamentos e outras matérias que, face à interrupção da cadeia de frio, ficam inutilizados, representando um perigo para a saúde pública, caso utilizados, podendo-se verificar uma escassez de alguns produtos críticos nos próximos tempos.

Ao adicionar as várias parcelas, temos que nos interrogar se as perdas resultantes deste apagão compensam as poupanças efectuadas na compra de energia ao estrangeiro, sendo certo que a independencia energética e a autonomia estratégica não são quantificáveis.

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