segunda-feira, agosto 25, 2025

Sem capacidade para aprender - 4ª parte

Assim, e porque os meios nunca serão suficientes e uma estratégia de controle de danos é, inevitavelmente, a pior, a que apenas minimiza prejuízos, dentro do possível, sem os poder evitar e com grandes custos a nível operacional e nos danos causados, a opção terá que ser outra, mesmo que de longo prazo, o que significa que existe urgência na adopção de uma nova estratégia.

Também a aposta na prevenção, tal como existe actualmente, é conjuntural e transitória, passando, essencialmente, pela limpeza de áreas rurais e por trabalhos a nível de faixas de contenção, num trabalho sem fim, que é necessário repetir incessantemente, para o que é necessário verbas elevadas e mão de obra, inexistente em muitas áreas do Interior.

Essas verbas seriam melhor utilizadas em investimento criativo, como a construção de infraestrutas e habitações que permitissem revitalizar o Interior, com incentivos para a fixação de empresas e profissionais, o que também aliviaria a pressão sobre as grandes cidades do Litoral, onde as condições de vida se têm vindo a degradar, com os preços a subir vertiginosamente enquanto um turismo desenfreado prejudica a qualidade de vida dos residentes.

Infelizmente, soluções estruturais são morosas, excedendo um par de legislaturas completas, e implicam investimentos substanciais, o que impediria a construção de algumas obras faraónicas que são muito do agrado dos nossos decisores, que julgam ir deixar o nome na História por terem lançado grandes projectos e não por terem resolvido problemas sérios, de solução complexa, que se revelam um obstáculo ao desenvolvimento do País.

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