Este é apenas um exemplo, mas a mesma situação, com maior ou menor gravidade, replica-se noutras aldeias, e, em menor escala, nas vilas, incluindo-se aqui as sedes de concelho, onde parte das populações das aldeias acabam por se fixar, substituindo parcialmente os residentes locais que optam por partir para as cidades, seja para as sedes de distrito, seja para as grandes cidades do Litoral.
Esta rotação, que não equilibra o número de residentes, tem um problema qualitativo, sendo que as idades dos novos residentes tendem a ser superior à daqueles que partiram, enquanto as qualificações são, tipicamente, inferiores, do que resulta uma queda em termos de sustentabilidade e potencia uma queda demográfica num curto espaço de tempo.
Estes residentes, saídos das aldeias, onde tendem a manter a residência de família, acabam por abandonar o trabalho original, em muitos casos ligados ao sector primário, e, mesmo que continuem a contribuir para o combate aos fogos, vão fazê-lo em condições mais desfavoráveis, defrontando-se com terrenos abandonados, sem limpeza, e que ardem com muito maior facilidade.
A chegada de alguns emigrantes ao Interior Norte, em número muito menor do que no Litoral ou onde exista agricultura intensiva que requer muita mão de obra, como sucede em zonas do Alentejo, não contraria esta transformação em termos populacionais, com muitos dos que chegam a encontrar emprego nos serviços, incluindo-se aqui no atendimento e cuidado dos idosos e na área da restauração, sendo que poucos acabam por trabalhar na agricultura.
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