quarta-feira, outubro 15, 2025

Espanha avisa para risco de novo apagão - 2ª parte

Até hoje, ninguém foi ressarcido pelos prejuizos causados pelo apagão de Abril, e o adiar do relatório final, quando dificilmente se desconhecem em profundidade as causas, visa apenas evitar pagamentos que, quase certamente, serão elevados, tendo em conta não apenas os prejuízos, mas também incómodos e inconvenientes, sendo certo que mesmo particulares, que não viram nenhuma actividade profissional afectada, merecem compensação.

À medida que o tempo corre, menos serão aqueles que irão pedir uma indemnização, seja porque há empresas que encerram, seja porque a realidade das pessoas muda e a memória desse dia se vai perdendo, sendo óbvio que muitos dos afectados, talvez a maioria, não irão reclamar aquilo a que justamente têm direito, mesmo que o processo se revele simples.

Consideramos que todos os afectados particulares deviam ter direito a uma compensação automática, em crédito na mesma conta de do prestador de energia ou directamente para o meio de pagamento utilizado, com outras compensações a requrerem iniciativa por parte de quem foi prejudicado, com prova, mesmo que indiciária, dos prejuizos, como, por exemplo, a apresentação de um balanço anual, do que decorreria a divisão pelo número de dias úteis e atribuição da devida indemnização.

Aparentemente, passado o momento, com todas as suas consequências, o apagão foi, essencialmente, esquecido, pelo que as medidas então anunciadas pelo Governo, incluindo novos sistemas de recuperação e uma maior resiliência da rede eléctrica, que são de implementação urgente, parecem esquecidos nos dias de hoje, sendo que apenas se um novo apagão ocorrer, voltarão às primeiras páginas dos jornais.

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