quarta-feira, dezembro 24, 2008

Antigos guardas-florestais podem passar a ser militares - 2ª parte


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Veículo do GIPS usado no combate aos fogos

É, obviamente, difícil e uma grave limitação a existência de elementos com estatuto completamente diferente integrados numa mesma força, pelo que era mais do que expectável que fosse pensada uma forma de integrar os antigos guardas florestais, ainda hoje pessoal civil, nos quadros de uma instituição de cariz militar, simplificando a gestão e harmonizando procedimentos.

Por outro lado, as limitações operacionais que decorrem do estatuto civil dos antigos guardas-florestais é reflectida em termos de vencimentos e de outras regalias, colocando-os numa situação de inferioridade face aos seus colegas militares, pelo que a tentação de mudar de estatuto, mesmo que tal implique as limitações inerentes à condição militar, será grande e a opção escolhida pela maioria de quem se veja perante a necessidade de tomar uma decisão de carreira.

Torna-se algo inimaginável e manifestamente pouco prático manter por um periodo prolongado na GNR, uma força militar, uma estrutura civil operacional, que ultrapassa os meros serviços administrativos ou de apoio, pelo que não temos dúvidas que os antigos guardas florestais que optarem por manter-se como civis serão cada vez mais relegados para missões secundárias ou, pura e simplesmente, serão pressionados, através de um acordo, a um afastamento negociado.

A alegada elevada percentagem de concordância com a passagem de um estatuto civil para militar reflete não uma opção, mas uma pura inevitabilidade que se torna óbvia para quem tem consciência das dificuldades de integração resultante do processo utilizado e se apercebem que a sua continuidade na carreira dependerá da sua adesão a uma proposta de transição.

Mais do que uma opção, de uma satisfação de reivindicações dos próprios, este é um passo que já devia ter sido dado, acabando com um conjunto de situações descriminatórias e devolvendo à GNR e especialmente ao SEPNA uma unidade organizacional e funcional essencial para a sua eficácia e para a rentabilização dos meios existentes.

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