A notícia recentemente publicada que revela um facto há muito conhecido, o da degradação da rede de radares de vigilância gerida pela Guarda Nacional Republicana (GNR) aborda, essencialmente, a vertente policial, razão primária da instalação destes meios, os quais, no entanto, têm outras valências.
Destes sete equipamentos com uma vintena de anos de idade, apenas dois funcionam durante o dia, estando os restantes desligados, sendo que o contrato de manutenção expirou em Dezembro passado e uma substituição implica um prazo que poderá chegar aos dois anos, abrindo assim um intervalo dificil de justificar para a segurança nacional e falhando um componente essencial na orientação dos meios navais ao serviço da corporação de de entidades que possam beneficiar da informação recolhida por um sistema de radar.
Os sistemas de radar instalados ao longo da costa, destinados a localizar e seguir embarcações, para além de missões de combate ao tráfico de estupefacientes e contrabando, permitem identificar situações de perigo que vão desde a eminência de colisões até â localização de embarcações em perigo, pelo que a sua manutenção e futura renovação abrange questões relacionadas com a eficácia do próprio socorro e de complementaridade com outras entidades.
Não é apenas uma questão de segurança nacional ou de soberania, para a qual os investimentos tendem a ser contestados por parte do espectro político e da própria opinião pública, mas também um problema de segurança individual, sobretudo para todos quantos fazem do mar o seu local de trabalho.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário