terça-feira, maio 29, 2012
Bombeiros de Lisboa ameaçam suspender transporte de doentes não urgentes - 2ª parte
O alargar desta actividade, que pode ser efectuada por particulares, desde que certificados, os quais podem praticar valores inferiores aos de profissionais, dado que não será desta actividade que, em princípio, depende o seu sustento, pode resultar também numa menor qualidade do serviço prestado e, no limite, ter implicações a nível de segurança.
Com este alargamento, dificilmente será mantido o mesmo nível de controle e de exigência actuais, tornando-se a mesma complexa, morosa e, quase certamente, pouco eficaz, não sendo de espantar que veículos ligeiros, pouco confortáveis e em condições de segurança dúbias venham a ser utilizados no transporte de doentes.
Mesmo questões simples como acessibilidades, nomeadamente a nível de entradas e saídas, podem levantar questões complicadas, não sendo difícil de intuir que, no período de crise que atravessamos, o critério do preço venha a ser o mais utilizado, mesmo sacrificando condições básicas exigíveis neste tipo de actividade.
No limite, mesmo admitindo que o Estado vai poder poupar, os efeitos colaterais em termos de perda de postos de trabalho, com os encargos resultantes, as consequências para a saúde dos utentes, resultantes da perda de qualidade do serviço, as possíveis vítimas que poderão resultar da diminuição das condições de segurança, entre outras, podem resultar no dispêndio de montantes difíceis de contabilizar, mas que recairão sobre o próprio Estado.
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