quarta-feira, outubro 02, 2013

O "conto do vigário" dos nossos tempos - 7ª parte

Image Hosted by Google Um café com acesso público à Internet

Após descrito o ambiente envolvente e os intervenientes, podemos passar à descrição da actividade que, tipicamente, propõe um negócio sempre excelente, com um grande lucro para o colaborador, a quem é prometida uma percentagem elevada de uma quantia muito substancial como pagamento de uma operação de intermediação financeira, que envolve movimentação de capitais a partir de um país distante.

É comum falar de verbas cativas devido a problemas burocráticos ou heranças, impossibilidade de movimentar bens como resultado de um determinado cargo oficial, sendo frequente descreverem-se como membros de governos ou titulares de cargos públicos, militares, gestores de empresas, adicionando muitas vezes um título académico ou patente militar, como forma de reforçar a sua credibilidade.

Em muitos países sub-desenvolvidos, e infelizmente também em Portugal, um cargo de relevo, título académico, patente militar elevada, entre outros, aumenta a credibilidade de quem utiliza este tipo de designação, contribuindo para reforçar uma história que tende a ter detalhes no mínimo bizarros, mas que podem tocar as raias do absurdo.

No entanto, alguns aumentam a credibilidade recorrendo a ligações genuinas, onde são noticiados factos que, obviamente sem ter nada a ver, se enquadram bem na sua história, surgindo aqui desde a morte de um dado personagem de quem se afirmam herdeiros, ao desaparecimento de verbas, que alegam estar sob a sua tutela, mesmo que impedidos de as movimentar livremente, sendo possível ver histórias onde factos não relacionados parecem encaixar-se num todo credível.

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