Mais perigoso do que a circulação de alguns, escassos, veículos no bairro, que podem ver a sua velocidade marginalmente reduzida pela implementação da "Zona 30", é a falta de manutenção das vias, onde a acumulação de danos no pavimento dificulta uma condução segura, provocando significativas alterações de trajectória nos veículos e aumentando substancialmente a distância e estabilidade na travagem.
Se em vez de umas obras algo inúteis, dado que a circulação nesta zona, devido à extensão e largura das vias, bem como à complexidade da malha urbana dificilmente atinge a velocidade que agora se recomenda como limite, a mesma verba tivesse sido investida na repavimentação e substituição de alguma sinalética, o contributo para a segurança dos peões seria francamente superior, podendo mesmo verificar-se uma diminuição do custo das obras.
Esta é uma situação recorrente, abrangendo toda a cidade, verificando-se mesmo em locais de elevada densidade de tráfego, como a Pr. Francisco Sá Carneiro, popularmente conhecida como Areeiro, onde as obras se arrastam desde há anos, desconhecendo-se quando serão efectivamente concluidas, bem como a sua real finalidade, que parece variar conforme o executivo camarário.
Infelizmente, em período pré eleitoral, a opção foi no sentido de um conjunto de alterações absurdas, dispendiosas, morosas e, mesmo quando concluidas, de resultados muito duvidosos, embora bastante vistosas e eleitoralmente vantajosas, mas com as alterações a ser implementadas a ser contraproducentes em termos de ordenamento do tráfego, sem atingir os objectivos de segurança viária inicialmente propostos.
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