Como se não bastasse, um terceiro mail vem corrigir o segundo, no qual um projecto cujo formulário se encontra completamente preenchido é dado como incompleto, incluindo um paragráfo que consideramos absurdo e insultuoso "Tropeçámos duas vezes, mas a resiliência necessária a um empreendedor faz-nos acreditar que à terceira é de vez".
Aqui não se trata de tropeçar, mas de falta de competência, inépcia e insensibilidade, sobretudo perante aqueles que, após um momento de alegria, se vêm desanimados por uma desqualificação que nunca é justificada, sabendo-se que quem tem menos experiência, nunca se defrontou com os erros da "Acredita Portugal", ou tem maiores expectativas e necessidades, será particularmente atingido.
Entre estes, estão, por exemplo, os desempregados, sobretudo os mais idosos ou de longa duração, para quem o concurso pode equivaler à obtenção de um emprego, e que investiram não apenas o seu tempo, mas parte da sua esperança num futuro melhor, e que sentirão muito mais os efeitos destes erros para os quais o pedido de desculpas incluído na mensagem de nada serve.
Toda esta lamentável sequência de erros, que infelizmente já ocorrera em concursos anteriores organizados pela mesma entidade, não pode deixar de nos fazer reflectir quanto à nossa participação, mas também quanto a tudo o que revela de um País a manutenção de tantas falhas, por um largo periodo de tempo, sem consequências óbvias, como a perda dos apoios e patrocínios que sustentam a "Acredita Portugal".
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