Se por um lado os anunciados equipamentos de protecção individual não foram entregues atempadamente, e a qualidade de muitos dos que o foram deixa demasiado a desejar, sendo mais que duvidoso que apresentem vantagens substanciais relativamente aqueles que vieram substituir, em termos estruturais não se verificou qualquer evolução positiva.
Desde as comunicações, e já dói falar do malfadado SIRESP, cujo preço rivalizar ferozmente com a ineficácia, passando pela prevenção, conceito que se perde de tão ignorado ou distorcido, e terminando na estranha qualidade e falta de padronização de equipamentos fornecidos, para mencionar apenas algumas de uma lista que se revelaria repetitiva e fastidiosa, muito continua sem resposta, independentemente de recomendações ou resoluções.
O papel do Estado e dos orgão públicos, com especial destaque para as autarquias, falharam de forma indiscutível e clamorosa, sobretudo no aspecto da entrega dos equipamentos de protecção individual, reconhecidamente essencial, os quais, em diversos casos, foram suportados pela solidariedade ou pelos próprios bombeiros, que para o pagar prescindiram de uma já magra compensação pela sua inclusão no dispositivo de combate aos fogos.
Este é apenas mais um dos aspectos do abandono a que foram deixadas muitas corporações, dependentes cada vez mais dos escassos recursos locais e das acções de solidariedade que algumas instituições e numerosos particulares que ai invés de complementar, efectivamente substituem o papel do Estado na sua obrigação de equipar quem participa em acções de risco em prol da comunidade.
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