Dois dias antes da data estabelecida, o dia 31 de Outubro, foi extinta a Empresa de Meios Aéreos (EMA), dando assim por encerrada uma experiência de gestão empresarial, supostamente concorrencial e integrada no mercado, das aeronaves pertença do Estado e adstritas a missões no âmbito da protecção civil e do socorro.
Sobre o modelo escolhido, tivemos ocasião de nos pronunciar por diversas vezes, tendo igualmente abordado anteriormente o anunciado fim da EMA e as opções do Governo em termos da distribuição dos meios, que passam a ser controlados de forma directa pela Autoridade Nacional da Protecção Civil (ANPC), bem como a questão contratual dos seus funcionários, cujo vínculo laboral sempre contestamos.
Com alguns dos colaboradores a aceitar uma indemnização para cessar o seu vínculo contratual e a transferência da maioria, tal como dos meios, o fim da EMA não se revestiu de controvérsia, talvez porque foi mal gerida por todos os governos que a tutelaram, numa teia de cumplicidades que dificilmente será esclarecida, ficando, infelizmente, um saldo negativo a ser pago pelas receitas do Estado.
Esta anunciada extinção, e a antecipação da mesma, algo raro entre nós, acaba por confirmar o conjunto de críticas que foram feitas a este modelo organizacional, com a operacionalidade dos meios veio a ser sucessivamente reduzida por acidentes e pela falta de manutenção, que atingiu sobretudo os helicópteros pesados Kamov Ka32, cuja frota acabou imobilizada, do que resultou a virtual inutilidade da EMA.
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