Alertamos para a presente vaga de frio, que afecta o território continental, durante a semana passada, numa altura em que a tecnologia actual ainda não permitia prever que os valores iriam baixar de 0 na quase totalidade do País, facto raro e que tem, naturalmente, impacto em todos quantos têm que enfrentar temperaturas abaixo do habitual.
Independentemente dos alertas e avisos, a preparação para uma vaga de frio continua a ser defeciente, sobretudo no Litoral Sul, onde as temperaturas tendem a ser mais amenas e, consequentemente, existe uma menor habituação e menos adequação dos recursos, seja a nível individual e dos agregados familiares, seja das entidades oficiais, para enfrentar estas situações.
Em Lisboa, que pela sua localização geográfica perto do mar, tende a ter temperaturas amenas, os perto de 0 graus que se mediram durante a madrugada de ontem, para além de constituirem uma situação relativamente rara, vieram revelar um conjunto de fraquezas e de falta de preparação em diversas vertentes, entre as quais a social, afectando a crescente parte da população que vive em permanente estado de carência, entre os quais o cada vez maior número de sem abrigo.
O plano municipal, em Lisboa, passa, como habitualmente, pela abertura ou disponibilização de espaços onde aqueles que não têm abrigo, se possam refugiar, fornecendo algumas refeições e vestuário, mas falta uma visão mais global, que abranja questões relacionadas com o fornecimento de serviços essenciais ou a circulação em condições anómalas, bem como com a manutenção de vias, essencial quando as temperaturas baixam e se forma geada ou gelo.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário