Durante os meses de Inverno de 2015 morreram perto de 8.500 pessoas, o número mais elevado neste período do ano desde 1998, e que excede em perto de 3.000 a média para o período homólogo, o que representa um desvio muito substancial relativamente ao expectável, algo que, forçosamente, tem que ter diversas causas.
Embora este fenómeno não seja exclusivamente português, verificando-se noutros países onde a temperatura foi inferior à media desta época, o desvio registado entre nós supera o que se verificou noutros países, que enfrentaram melhor esta situação e onde o aumento de vítimas mortais foi percentualmente inferior.
Entre as causas normalmente apontadas para um aumento de mortalidade encontram-se temperaturas anormalmente baixas, surtos de gripe ou mesmo o aumento da longevidade, do que resulta uma maior vulnerabilidade de uma faixa da população cada vez maior, mas um aumento tão substancial não se pode enquadrar facilmente neste tipo de factores, algo redutores e simplistas que não traduzem toda a realidade.
Segundo a Direcção-Geral de Saúde a gripe terá causado a morte de mais de 4.600 pessoas, o maior número desde há 16 anos, quando esta doença causou perto de 8.000 mortes, tendo no Inverno de 2015 assumido uma forma especialmente agressiva, incluindo estirpes para a qual a vacina disponibilizada demonstrou ser ineficaz, facto que é confirmado pelo aumento do número de utentes nas urgências hospitalares, como consequência dos surtos gripais nos meses de Inverno.
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