Como a maioria dos nossos leitores facilmente se apercebeu, o ano, e sobretudo o Verão de 2014 foi comparativamente calmo em termos de incêndios florestais, em nada semelhante ao do ano anterior, onde a área ardida e a perda de vidas humanas superou em muito a média dos anos mais recentes.
Este facto é, de certa forma, recorrente, ou seja, após um ano mais complicado tende a seguir-se outro onde tudo parece ter melhorado, sendo que tal se deve, por um lado, a uma maior cautela, mas, sobretudo, ao facto de a Natureza funcionar por ciclos, pelo que a probabilidade de fogos de grandes dimensões é menor.
Para além do acréscimo de zonas de descontinuidade, que resultam das áreas ardidas e não repovoadas, o esforço de prevenção e de aumento de meios de combate, mesmo em época de rigor orçamental, resulta numa maior contenção dos incêndios, evitando as situações de descontrole e o caos resultante de um grande número de ocorrências simultaneas, as quais, por não estarem disponíveis meios suficientes para enfrentar todas nas condições adequadas, tendem a resultar em fogos de grandes dimensões.
Neste Verão de 2015, perto de dois anos após os grandes fogos de 2013, a própria Natureza já se encarregou de começar a regenerar as áreas ardidas nessa altura, crescendo de forma expontanea e desordenada diversos tipos de vegetação, ainda rasteira, e cuja secura no período mais quente, facilita uma rápida propagação das chamas.
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