sexta-feira, dezembro 04, 2015

Falta de acessibilidades em ambiente urbano - 2ª parte

Infelizmente, é manifesto que tal não se verifica, com alguns quarteirões, mesmo que de pequenas dimensões, a constituirem-se como autênticas ilhas, cercados de estaleiros ou vias sem condições de circulação, onde o tráfego é proíbido, muitas vezes ocupadas por máquinas e estaleiros que vedam qualquer tipo de acesso em caso de emergência.

Se bem que a probabilidade de uma missão de socorro nestas áreas possa parecer baixa, quando estas se estendem, abrangendo populações compostas, em grande percentagem, por idosos, que facilmente podem perder o equilíbrio quando se deslocam sobre terrenos não aplanados, o que pode ser agravado pela chuva, podemos intuir que um acidente pode ser mais expectável do que parece à primeira vista.

Acresce, naturalmente, a maior incidência de doenças no período invernal, que afectam, igualmente, aqueles que são mais idosos, com o transporte para uma unidade de saúde, e desta para a respectiva residência, a ser dificultada face à impossibilidade de os meios de socorro se deslocarem até ao local do pedido de ajuda.

Uma maior pluviosidade tem efeitos na visibilidade, mas também oculta obstáculos, como valas ou objectos contundentes, dificulta manobras e, ao arrastar as terras soltas, pode facilmente bloquear sistemas de drenagem, provocando inundações nas habitações circundantes e podendo compromenter os trabalhos realizados, danificando a obra realizada, e a sua continuação, que pode implicar extensos trabalhos de recuperação ou reposição.

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