A responsabilidade pela falta de acessos nem sempre é fácil de atribuir, mas em primeiro lugar cabe às autarquias velar pela manutenção das acessibilidades, dado serem de serventia pública, razão pela qual, pela utilidade que possuem para todos e não apenas para o proprietário, que delas pode nem tirar partido, estas devem velar pela transitabilidade e segurança destas vias absolutamente essenciais em zonas rurais.
No entanto, a falta de verbas e, sobretudo, a escolha das prioridades, tem resultado num muito escasso investimento por parte da maioria das autarquias na manutenção de vias florestais, bem como na maioria dos trabalhos de prevenção dos fogos, sendo raro aquelas que optaram por investir nesta área, facto que a falta de ordenamento do território vem agravar.
Tal como temos vindo a afirmar, o impedimento de circular nas vias florestais, como forma de prevenir os fogos, pode ter alguma vantagem marginal, embora disso duvidemos, mas contribui de forma substancial para que os caminhos se mantenham abertos, com a vegetação a invadir estas vias, tornando-as intransitáveis ou, quando tal não acontece, representar um perigo acrescido para a sua utilização.
Ao invés de potenciar turisticamente as zonas florestais, um manifesto fundamentalismo e incapacidade de analisar de forma adequada os vários cenários e as consequências de cada, resultam num cada vez maior abandono de largas áreas do Interior do País, perdendo-se não apenas um importante património, como a oportunidade de o explorar e rentabilizar.
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