Estranhamente, não assistimos a uma reacção forte por parte daqueles que são mais directamente afectados, desde as corporações de bombeiros aos próprios responsáveis pelo dispositivo de socorro, nem por parte de quem representa quem será mais directamente atingido, concretamente os responsáveis autárquicos, como interlocutores das populações que ficarão em maior risco caso esta medida se efective.
Infelizmente, recordamos algumas expressões menos favoráveis face ao voluntariado, sem dúvida por parte de quem não o entende em toda a sua extensão e nobreza, admitindo que possa ter como base a ideia de, ao reduzir o número de horas de voluntariado, se criarão postos de trabalho, sendo certo que a condição financeira do País não o permite, com a agravante de distanciar populações locais de quem presta socorro.
Seria normal que, conjugado com a extensa área ardida, todo um conjunto de decisões manifestamente erradas, reforçadas com atitudes no mínimo discutíveis por parte da titular da Administração Interna, que ignorava que o período crítico de fogos não é o adequado para férias, por muito merecidas que sejam, resultassem numa maior contestação política, pondo em causa o desempenho da tutela.
Ao invés, uma manifesta tolerância face a sucessivos erros, talvez como resultado do deplorável estado da economia ou da anestesiante vitória no campeonato Europeu de futebol, leva a crer que pouco ou nada se fará, para além de um anunciado Conselho de Ministros temático, que decorrerá, provavelmente, em Outubro, e que, seguindo a tradição, nomeará uma comissão para corrigir alguns dos problemas existentes e submiterá um relatório que, na altura da sua conclusão, já pouco adiantará para o ano de 2017.
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