terça-feira, abril 18, 2017

Aumenta o número de missões de socorro no Gerês - 3ª parte

Sabendo que em circunstâncias climatéricas extremas uma missão de socorro inevitavelmente demora algumas horas, mesmo que existam meios em prontidão, a possibilidade de alguém passar uma noite sob uma intempérie, com temperaturas negativas, pode resultar numa morte, sem que tal resulte de falta de comunicações ou de meios, mas tão somente dos condicionalismos impostos pela Natureza, que no Gerês se pode revelar particularmente implacável.

Está previsto um reforço da rede de comunicações móveis, sendo este um dos factores mais relevantes para diminuir os riscos e facilitar o socorro, mas a implementação de sinalética, avisadora e orientadora, colocação de alguns abrigos de emergência são necessários como complemento face à improbabilidade de ser possível recorrer ao um telemóvel em todos os locais e à demora nos acessos, sobretudo de noite e com mau tempo.

Do aumento do número de visitantes existe a tendência para decorrer, proporcionalmente, um maior número de pedidos de socorro, com um desvio que deriva de um conjunto de factores, como alterações do tipo de visitante, os efeitos de uma maior densidade destes ou alterações introduzidas nos meios de socorro, pelo que não é um maior número de ocorrências que consideramos alarmante, mas tão somente as consequências resultantes.

Atrair turistas e visitantes ao interior do País é, naturalmente, essencial para o desenvolvimento de zonas desertificadas e deprimidas aí localizadas, mas sem o investimento adequado em infraestruturas e meios que garantam a segurança e o próprio bem estar, tal pode resultar contraproducente, com consequências imprevisíveis que podem comprometer o desenvolvimento futuro que se pretende para essas áreas.

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