De acordo com um documento do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) até 30 de Setembro foram registados 145 grandes incêndios, assim classificados por afectarem uma área total superior a 100 hectares, que destruíram 192.652 hectares de áreas florestais, correspondendo a perto de 89% dos 215.988 hectares de total da área ardida.
O maior incêndio registado, em termos de área ardida, foi o que começou no dia 23 de Julho na freguesia de Várzea dos Cavaleiros, concelho da Sertã, distrito de Castelo Branco, e destruiu 29.758 hectares, seguindo-se o tristemente famoso incêndio de Pedrógão Grande, no distrito de Leiria), que deflagrou no dia 17 de Junho e devastou um total de 27.364 hectares, enquanto em terceiro lugar ficou o incêndio iniciado a 17 de Junho em Góis, no distrito de Coimbra, e destruiu 17.521 hectares.
Obviamente, os 64 mortos e a destrução de perto de 500 habitações na zona de Pedrogão Grande, mais do que os números em termos de área ardida, será o que mais marcará este Verão em termos de incêndios florestais, mas não podemos ficar indiferentes a quase 216.000 hectares ardidos até ao final de Setembro, sendo certo de que as temperaturas elevadas no início de Outubro farão aumentar este número.
O adiar do período crítico, bem como o número de ocorrências nestes primeiros dias de Outubro não auguram nada de bom numa altura em que terminou a fase de maior disponibilidade de meios, sendo de prever que os números se mantenham consistentes com os do resto do ano.
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