Dado que tal implica um extenso trabalho, que vai muito para além de uma legislativa, e mesmo de duas, para ter os efeitos esperados, mesmo que numa fase inicial, bem como a plena compreensão do que se passa no Interior do País, e um esforço do Estado, que forçosamente terá que reabrir serviços encerrados, incluindo-se aqui desde tribunais a hospitais ou serviços de atendimento permanente, passando por repartições públicas, optou-se por soluções mais simples e imediatistas.
Nota-se que não criticamos aquilo que, tal como já mencionamos, deve ser feito no apoio às populações afectadas, e que chega tarde, mas a falta de visão que, mais uma vez, opta pelo simplismo de deitar dinheiro sobre os problemas, esperando que tal os resolva de forma diferente do que o mesmo método fez repetidamente no passado, algo que, naturalmente, só por milagre iria acontecer.
Naturalmente, e diz-nos a experiência, repetir soluções ou criar cenários idênticos, mesmo que com algumas variantes resultantes da evolução nos vários campos, e nem sempre esta é positiva, como, por exemplo, a da demografia, não se irão obter os resultados pretendidos, pelo que as medidas com as quais se pretende resolver um problema complexo, esquecendo que este é tão somente um dos muitos sintomas de algo mais abrangente, resultará num inevitável insucesso.
A precipitação de um conjunto de medidas, adoptadas para acalmar as populações, mas sem a reflexão que só o tempo permite, não irá no sentido pretendido, mesmo que, temporariamente o possa aparentar, não passando de uma estranha edificação sem alicerces, dispendiosa e preparada para ruir, arrastando um imprevisível número de vítimas, quando se verificar o primeiro abalo sério.
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