sexta-feira, fevereiro 02, 2018

Helicópteros Kamov não estão disponíveis - 2ª parte

A já longa história dos Kamov Ka-32 ao serviço do Estado português esteve sempre envolvida em polémicas, não apenas pelo processo de selecção, compra e gestão, mas pela sua actividade operacional, com um grau de disponibilidade que ficou abaixo do que se poderia esperar para um modelo de aeronave com a solidez deste helicóptero, concebido para operar em condições particularmente difíceis.

A operação dos Kamov está contratualizada com a Everjets, que substituiu uma das aeronaves por dois helicópteros ligeiros do tipo Ecureuil B3, enquanto o segundo, por estar dentro do período aceite para imobilização, não foi substituído e o terceiro, segundo a empresa, não será da sua responsabilidade, pelo que nada fará quanto a este caso.

Naturalmente que as características dos Kamov e dos Ecureuil são completamente diferentes, pelo que esta substituição pode ser vantajosa nalgumas situações, mas negativa noutras, sendo certo de que, face a três Ka-32 imobilizados, dois helicópteros ligeiros adicionais revelam-se insuficientes para a maioria das missões a desempenhar.

Segundo a Everjets, um dos Kamov estará pronto para regressar ao serviço e outro ficará operacional em breve, embora sem especificar data, mas apenas duas de entre seis aeronaves deste tipo operacionais representa uma taxa de disponibilidade inaceitavelmente baixa, que demonstra bem as más opções e a manutenção deficiente que tem vindo a prejudicar um helicóptero de excelente construção, mesmo que pouco adequado a algumas das missões que lhe são atribuídas.

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