É de notar que a credibilidade nos CTT, a cujo Estado recorre para inúmeros serviços, incluindo notificações judiciais, seja como instituição, seja a nível de funcionários, terá que ser inquestionável, acima de qualquer suspeita, sem o que a contestação poderá resultar na perda de validade de actos oficiais, ao que corresponderia um autêntico caos e um aumento substancial da litigância de do número de recursos.
Esta situação, que levanta dúvidas e pode não ser única, merece uma investigação atenta, que confirme ou desminta esta suspeita, e da qual se extraim as devidas elações e consequências, quaisquer que estas sejam, apurando-se, caso existam, todas responsabilidades existentes aos vários níveis, como única forma de credibilizar um serviço que se baseia na confiança do Estado e das populações.
Infelizmente, este não é um caso único, e mesmo correspondência ou objectos enviados via transportadora e geridos nacionalmente pelos CTT demoram uma semana entre a sua entrada no País e entrega, sem passagem pela Alfândega, sendo inúmeras as situações onde o mau serviço se revela prejudicial para particulares, empresas e o próprio Estado.
Face à presente situação, que consideramos insustentável, resultando num custo absurdamente elevado, vemos como opções uma imediata reestruturação dos CTT, o que implica uma gestão completamente diferente, ou a perda do serviço universal de correio a favor de outra empresa, que efectivamente os cumpra, acabando assim com o degradar de uma empresa que já foi de referência e hoje é uma sombra do que foi no passado.
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