A alteração dos cursos de água, devido a aluimentos de terras e ao acumular de materiais no fundo, e a falta de consistência das margens são outra consequência conjunta do do mau tempo e dos fogos, contribuindo para inundações ou para o simples galgar das margens, o que pode ser igualmente perigoso, quando alcance vias de circulação, podendo arrastar pessoas e veículos.
Em Castro Verde, dois veículos foram arrastados de um pontão sobre a ribeira de Cobres, tendo sido salvos quatro ocupantes, mas não foi possível salvar uma mulher, que morreu afogada, numa situação que ocorreu numa concelho devastado este Verão pelos fogos, sendo de equacionar se estes poderão ter tido alguma influência no nível das águas e força da corrente.
A vulnerabilidade das infraestruturas e a falta de meios para a sua pronta reposição, havendo casos em que serviços essenciais demoram dias a ser repostos, mesmo quando existem alertas prévios, continuam a ser a norma, com custos elevados para as populações, incluindo a nível de segurança, e para o tecido empresarial, cuja produção pode ser suspensa ou sofrer atrasos significativos durante estes periodos.
É de notar que, na sua esmagadora maioria, não se tratam de situações anormais ou para as quais não tenha havido um alerta, baseado em previsões meteorológicas, pelo que a falta de adopção de medidas, como o reforço ou pré-posicionamento de meios para uma intervenção mais rápida é inaceitável, transferindo para outrém os custos inerentes à exploração de negócios que se sabe serem extremamente lucrativos.
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