Assim, a possibilidade de retomar os trabalhos após os esclarecimentos por parte da Everjets, tendo em conta o período de suspensão e a demora no regresso a Portugal das equipas técnicas expulsas durante o processo, surge como pouco credível, sendo o mais provável que os Kamov não operem, situação particularmente grave após o fracasso do segundo concurso para contratação de helicópteros, o que deixa o dispositivo de combate aos fogos virtualmente privado deste tipo de aeronaves até que um novo concurso, ou um ajuste directo permita, caso ainda possível, ultrapassar esta situação.
Face ao fracasso do segundo concurso de contratação de meios aéreos, concretamente a nível de helicópteros, coincidente com este incidente, que se deve à intenção do Estado de pagar um valor inferior ao do mercado, a questão financeira surge naturalmente, mesmo que à custa dos Kamov com os quais, aparentemente, cada vez o Estado e a ANPC menos contam, preferindo outro tipo de opções, mais padronizadas nos teatros de operações da Europa Ocidental.
Inegável é o facto de que existe uma alteração da postura das autoridades face a um procedimento que se prolongou no tempo, com conhecimento da ANPC, pelo que imediatamente surge a ideia de que os Kamov deixaram de ser considerados como um investimento rentável e as irregularidades existentes passaram a ser um pretexto para resolver um problema que se arrasta, sem fim à vista, pondo fim, entre nós, à carreira de uma aeronave que sempre gerou polémicas.
Com a Everjet a por em causa a disponibilidade atempada dos Kamov, numa quase afirmação que mais parece uma certeza, e o Ministério da Administração Interna a garantir que a 15 de Maio todos os meios estarão disponíveis, fica a convicção que já ninguém conta com estes helicópteros, pelo que este episódio, que quase parece um epilogo, não deixará de merecer uma atenção especial por todos quantos seguem esta temática.
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