Já havida fundadas suspeitas, mas agora existem certezas, confirmadas em relatório da Direção Nacional de Auditoria e Fiscalização da Proteção Civil, que documentos e registos efectuados durante os grandes incêndios de Pedrogão Grande foram destruídos, eventualmente como forma de ocultar o que correu de pior durante as primeiras horas do incêndio que originou uma das maiores catástrofes que ocorreram em Portugal.
Este é o terceiro relatório sobre este incêndio, sendo que os outros dois, ao contrário deste já foram apresentados, e com alguma prontidão, enquanto neste caso a sua existência não foi divulgada, inclusivé ao Parlamento, que tem dever de fiscalização da acção governamental, o que vários deputados consideraram como inaceitável, independentemente do conteúdo do documento.
O relatório, concluído desde Novembro passado e que permaneceu por divulgar, por, segundo o Governo conter matéria criminal, do que decorreu o seu envio para o Ministério Público, parece ter sido efectivamente ocultado, não apenas por ser normal estes documentos serem divulgados, como por haver a separação da vertente criminal, a qual, existindo, será remetida para a entidade judicial competente.
Deste relatório constam inúmeros erros, que abrangem a estrutura nacional da Protecção Civil, envolvendo a tutela política, descrevendo o caos das primeiras horas, a instalação do primeiro posto de comandos, a sequência dos comandantes de operações, os sucessivos atrasos na mobilização de meios, e um conjunto de erros e indecisões que tiveram consequências trágicas.
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