Quer a Autoridade Nacional de Protecção Civil, quer o Instituto Nacional de Emergência Médica tinham, desde há muito, deixado de contar com os Kamov, com a frota de seis unidades completamente imobilizada, dividindo-se entre três unidades em manutenção, sem prazo definido para a sua conclusão, e outros tantos avariados, igualmente sem que o seu regresso ao activo seja previsível.
Sendo uma aeronave pouco utilizada no Ocidente, os Ka-32 sempre tiveram problemas a nível de certificações e de manutenção, que apenas pode ser efectuada por um número muito restrito de empresas e recorrendo a peças provenientes da mesma origem, pelo que a flexibilidade é, neste campo, virtualmente inexistente, sendo possível que a mesma empresa que efectuava a manutenção através da Everjets venha a prolongar a actividade sob a alçada do Estado.
Assim, o problema da manutenção, o mesmo que tem afectado seriamente a operacionalidade dos Kamov, poderá manter-se, com o Estado a cair no ridículo de vir a contratar a mesma empresa que, alegadamente, não cumpriu as normas que levaram a selar o hangar onde as reparações se efectuavam, isto caso esta aceite trabalhar para uma entidade que a responsabilizou, ou acusou, de violar normas legais vigentes.
Caso haja uma recusa, então a contratação dos Kamov pode revelar-se inviável ou inútil, porque sem uma manutenção adequada dificilmente estes helicópteros poderão operar durante o período contratualizado, sendo lógico que a própria empresa a cuja operação for adjudicada opte por salvaguardas contratuais que a proteja contra este tipo de situações.
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