Já existem arguidos neste processo, sendo possível que outros responsáveis venham a ser contituídos como arguidos, podendo incluir não apenas a área operacional, mas a própria tutela política que, através de nomeações com critérios discutíveis, colocou em lugares de comando quem podia não ter as competências necessárias.
Independentemente das razões, e sabendo que, inevitavelmente a existência do relatório seria revelada e, passado algum tempo, o seu conteúdo seria conhecido, para além de injustificável, a opção de não revelar imediatamente um documento com esta importância, não apenas pelas revelações que contém, mas sobretudo pela gravidade da situação que relata, é sempre um erro, interpretado como uma falta de transparência ou ocultação do sucedido.
Como consequência da polémica, após pedidos de diversas proveniências, mas sobretudo devido à pressão criada, o Ministério Público disponibilizou o conteúdo, terminando um processo que terá como resultado uma maior desconfiança relativamente ao Estado e ao próprio sistema de socorro, cuja hierarquia parece ser protegida pela tutela política que, naturalmente, pode estar envolvida deste conjunto de falhas.
Desta forma, parte da polémica desaparece, podendo agora haver uma maior concentração no que realmente interessa, que inclui o apuramento de responsabilidades e, sobretudo, as lições que devem ser extraidas e cujos ensinamentos devem ser aplicados no futuro, evitando, tanto quanto possível, que um conjunto de falhas e erros de consequências trágicas se voltem a repetir.
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