Terão sido destruídos documentos de vários tipos, alguns, provavelmente, por questões operacionais, como rascunhos de planos que vão sendo actualizados e, portanto, perdem validade, mas igualmente diversos tipos de registo que poderiam contribuir para uma melhor percepção do que efectivamente se passou.
A falta de suporte informático adequado, tal como mencionado pelos auditores, poderá ser uma das causas, mas o facto é que se sabe que, a nível central, foram apagados elementos da "linha do tempo", pelo que apenas a selagem de registos, tornando-os inacessíveis a tentativas de manipulação, como numa "caixa negra", poderia garantir a sua permanência e genuinidade.
As falhas são inúmeras, em termos de falta de meios, de ausência de coordenação, de falhas de comunicações, e de todo um conjunto de factores dos quais resultou a incapacidade de um combate efectivo, concentrando-se as operações na tentativa de socorro às populações, enquanto o combate às chamas era efectuado com uma grande escassez de meios e com uma eficácia muito reduzida ao longo das primeiras horas desta ocorrência.
Desta forma, parte da polémica desaparece, podendo agora haver uma maior concentração no que realmente interessa, que inclui o apuramento de responsabilidades e, sobretudo, as lições que devem ser extraidas e cujos ensinamentos devem ser aplicados no futuro, evitando, tanto quanto possível, que um conjunto de falhas e erros de consequências trágicas se voltem a repetir.
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