Os restantes três Kamov do Estado continuam inoperacionais, sem perspectivas reais de voltarem ao serviço, o que deixa apenas os 3 helicópteros ligeiros sobreviventes de um lote de dez unidades como os meios aéreos públicos capazes de operar, o que corresponde a uma pequena parte de um total aeronaves adquiridas, agravado pelo facto de serem as de menor capacidade.
Pode-se estranhar que o Estado adjudique serviços, ou sequer negoceie com uma empresa com a qual mantém um longo litígio, mas o facto é que num mercado dominado por um conjunto restrito de operadores, tal surge quase como uma inevitabilidade, sob pena de haver uma ainda maior dependência das restantes empresas com capacidade para responder aos pedidos do Estado.
Em contrapartida, estranha-se a permanente conflitualidade entre o Estado e este conjunto de empresas, sendo aparente que quando o conflito com uma delas é maior, as restantes são francamente beneficiada, quase esquecendo conflitos anteriores, no que parece ser um carrossel onde interesses e necessidades se misturam em processos pouco claros, muitos dos quais assumem os contornos de ajustes directos, sempre justificados com a urgência de uma adjudicação, mas que, na verdade, são a consequência de concursos destinados ao fracasso.
Fica evidente a péssima gestão de meios aéreos, com uma sucessão de concursos falhados, ajustes directos e aquisição de serviços que deviam ser efectuados pelas aeronaves adquiridas pelo Estado, e que, ao serem contratualizados externamente, correspondem efectivamente a uma duplicação de custos, com o clima de permanente conflitualidade a revelar-se prejudicial, inflacionando os preços, como forma de compensação pela elevada probabilidade de não pagamento atempado e do recurso à Justiça como forma de regular relações comerciais.
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