Com mais de 580 incêndios desde o dia 01 de Outubro até ao Sábado, dia 06, o número mais elevado dos últimos 10 anos, muitos, inclusivé a Protecção Civil, consideram estamos diante de uma situação anormal ou excepcional, mantendo-se o período crítico de incêndios, no âmbito do Sistema de Defesa da Floresta contra Incêndio, até ao próximo dia 15 de Outubro.
O tempo quente e seco, que se pode considerar como um Verão prolongado, que se verifica em Outubro surge, cada vez mais, como algo de natural, resultante das alterações climáticas, com o exemplo do ano anterior a demonstrar que, mesmo até finais do mês, as condições podem continuar a propiciar a existência de incêndios, sendo de esperar que as restrições agora em vigor sejam novamente prolongadas.
Não obstante o elevado número de ocorrências, a gravidade destas, patente na extensão devastada, surge como menos preocupante, algo que seria previsível face à área ardida no ano anterior, com extensas áreas queimadas a, muitas vezes, confinar os fogos, impedindo ou condicionando a sua propagação.
Naturalmente, existem algumas excepções, seja pela extensão, seja pela complexidade ou localização, como acontece com o incêndio que lavra na zona do palácio da Peninha, em Sintra, na altura em que este texto será publicado, mas este tipo de ocorrência representa a excepção, podendo, no entanto, e só por sí, ter um maior impacto do que um largo número de ocorrências de menores dimensões ou em locais mais remotos, o que diminui a sua exposição mediática.
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