terça-feira, outubro 16, 2018

Um país particularmente vulnerável - 1ª parte

Não são apenas os incêndios que demonstram a enorme vulnerabilidade de algumas infraestruturas essenciais, nomeadamente a nível de fornecimento de energia eléctrica e na disponibilidade de comunicações, com estes serviços a ficarem interrompidos nas zonas mais afectadas pelo ciclone do fim de semana passado e, nalguns casos, sem previsão do seu restabelecimento.

Sem por em causa a excepcionalidade do ocorrido, muito embora das alterações climáticas, tal possa vir a tornar-se mais frequente, é evidente que, mesmo em situações onde as condições não são tão extremas, se verificam numerosas falhas, comprometendo a segurança das populações e suspendendo, por um período incerto, serviços de primeira necessidade.

A EDP Distribuição, não obstante a mobilização dos seus recursos internos e a colaboração de meios externos, não pode adiantar um prazo para o reestabelecimento do fornecimento de electricidade, que afecta mais de 100.000 pessoas, e que impede o funcionamento de um conjunto importante de empresas ou entidades, bem como de outros serviços essenciais, já que existem numerosas torres de comunicações já reparadas e que, por falta de electricidade, continuam inactivas.

É de notar, a título de exemplo, que tendo a Vodafone reparado 70% das torres afectadas e a fibra óptica danificada em pouco mais de um dia, muitas destas torres continuam inactivas como resultado da falta de electricidade, com prejuízos óbvios para o operador em causa, bem como para todos os clientes afectados, sobretudo os mais dependentes de comunicações, seja para efeitos laborais, seja a nível pessoal.

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