A Altice já controla mais de 52% do SIRESP, ultrapassando o Estado, que se propunha comprar a maioria das comunicações de emergência, tendo o ministro Eduardo Cabrita anunciado, em Outubro do ano passado que o Estado iria dispor de 54% das acções do SIRESP, no que será uma clamorosa derrota do poder político.
Este era um cenário antecipado, e a oposição entre o Governo e a Altice vem dar especial relevo a uma transição cujo efeito, consideramos, será maior a nível político e do relacionamento entre acionistas do que na área operacional, muito embora o Estado, colocado numa situação de minoria, possa reequacionar os investimentos no SIRESP, absolutamente necessitado de uma reforma profunda, já que a sua substituição, pura e simples, continua sem se equacionar.
Todos recordamos quando o actual primeiro ministro atacou a Altice, e rede fixa da Portugal Telecom, atribuindo-lhe a responsabilidade da quebra de comunicações, por vezes sem mencionar o nome, mas apontando-o claramente, comparando-o negativamente com outros operadores de comunicações e responsabilizando a opção por cabos aéreos pelas falhas verificadas.
Também o Governo não conseguiu processar o SIRESP, com o Estado a concluir que, face aos contratos existentes, o tempo total de interrupção do serviço, por muito crítica que seja, não excede, em termos percentuais, o que está previsto no contrato, pelo que o fundamento da acção não existe.
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