As operações de resgate nas pedreiras da zona de Vila Viçosa, onde desapareceram as vítimas de um aluimento que provocou a derrocada de uma estrada, recoloca uma questão que abordamos no passado, a propósito com a recuperação dos corpos das vítimas do desastre de Entre os Rios, operações que envolveram, igualmente mergulhos de risco.
Embora as circunstâncias sejam diferentes, tal como os riscos inerentes a uma missão de resgate, existem traços comuns, tal como a certeza da inexistência de sobreviventes e o risco da missão, num ambiente com múltiplos riscos, que no caso concreto derivam da possibilidade de novos aluimentos, bem como aqueles que são inerentes a mergulhos em águas turvas, onde se acumulam diversos tipos de lamas e resíduos.
Sendo díficil estabelecer qual o nível de risco nesta missão concreta, e tal deve-se, obviamente, ao próprio plano estabelecido e à forma como as acções decorrerem, que terão que minimizar a possibilidade de um acidente, mas o facto objectivo é que, quaisquer que sejam as precauções, esta estará sempre presente e as consequências podem, no limite, ser particularmente graves.
Assim, devemos voltar à questão que colocamos no passado, concretamente até onde se deve ir para recuperar corpos, na certeza de que são colocadas em risco vidas para proceder à recuperação de quem morreu, como forma de dar alguma paz aos familiares e amigos daqueles que perderam o seus entes queridos, mas que, caso algo trágico suceda durante a missão de resgate, irão ver o seu sofrimento agravado.
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