O ano passado foi aquele em que, nos últimos oito anos, se verificou o maior número de atropelamentos nos quais o condutor abandonou o local do acidente sem ter prestado auxílio à vítima, informado as autoridades ou alertado meios de socorro, num total de 447 casos registados pelas autoridades policiais.
O atropelamento é a segunda maior causa de morte em acidentes rodoviários, sendo indeterminado qual o impacto real da não prestação de auxílio por parte do condutor envolvido, que, ao não solicitar o accionamento de meios de socorro e deixar a vítima no local onde caiu, que pode ser de muito alto risco, no número de fatalidades contabilizado.
Obviamente, numa via secundária ou num local mais remoto as consequências tenderão a ser mais graves do que numa zona mais frequentada, onde a probabilidade de outrém dar o alerta será francamente superior, sendo ainda de esperar que os meios de socorro possam chegar mais rapidamente neste último caso, pelo que a gravidade deste tipo de comportamento criminoso no primeiro cenário é muito maior, sendo que, pela maior possibilidade de não ser reconhecido, é onde tende a ser praticado com maior frequência.
As motivações pelas quais tal acontece, e estamos diante de um crime, independentemente da forma como o atropelamento ocorreu, não estão estatisticamente determinadas, surgindo justificações mais díspares, e por vezes difíceis de acreditar, como o não se ter apercebido do facto ou o receio de sofrer represálias, algo possível e situações limite, mas que nunca impediriam o alerta para as autoridades, mesmo que após algum afastamento, sendo mais comum o excesso de consumo de álcool, a falta de habilitação para conduzir, ausência de seguro ou falta de inspecção do veículo.
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