Sete milhões de Euros foi quanto custou ao Estado adquirir a totalidade do capital do SIRESP, passando dos 33% que detinha a partir da Parpública para os 100%, encerrando assim um longo processo negocial que, com a sua conclusão, não termina com as dúvidas sobre este negócio.
A primeira dúvida é, naturalmente, quanto ao valor pago, inferior em 4 milhões de Euros aos 11 milhões que constavam da conta apresentada pelos accionistas privados e cujo não pagamento levou à ameaça de cortar o sinal de satélite, que representa a redundância destinada a suprir eventuais falhas do circuito principal.
Para além de intrigante, dado que o valor da compra é inferior ao da dívida do Estado aos privados, a operação só será efectivada para o final do ano, com o pagamento integral do valor da compra, o que pode inviabilizar a vontade do Estado de colocar representantes seus na administração do SIRESP, como forma de melhor controlar as decisões que serão tomadas durante os próximos meses, entre os quais se incluem os de maior risco de incêndio.
Também fica em aberto o esclarecimento quanto aos investimentos a efectuar nos próximos meses, tendo sido adiantado o valor de 70 milhões de Euros, e que são essenciais para o melhor desempenho da rede, mas que dificilmente irão implementar novas funcionalidades ou resultar em melhoramentos significativos num sistema que tem óbvias limitações.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário