Não obstante as temperaturas não serem particularmente elevadas, uma vaga de incêndios atingiu o centro do País, trazendo consigo, para além da devastação, a lembrança de tragédias passadas e a periodicidade que parece constante quando se observa quais os anos com maior área ardida.
Tal como aconteceu em 2003 e 2005, ou a evolução entre 2010 e 2013, e com o exemplo mais recente de uma extensa área ardida em 2017, tudo aponta para que este ano seja particularmente complicado, existem padrões que permitem construir modelos, em função de um conjunto de dados que podem indiciar, não exactamente prever, o que se passará num dado ano.
O mesmo tipo de estudo pode, e deve, ser efectuado em termos geográficos, contemplando igualmente os factores que propiciam a propagação das chamas, mas também aqueles que, tendo a possibilidade de as conter, não estão presentes, muitos deles em flagrante violação de disposições legais, podendo-se exemplificar com inexistência de faixas de segurança em vias ou a ausência de acessos a locais mais remotos.
Também a distribuição de ocorrências ao longo do ano, que tem evoluído, merece uma nova análise, sendo certo de que as fases que determinavam a composição do dispositivo de combate, com maior incidência em determinados meses, estão completamente ultrapassadas, facto bem patente durante o ano de 2017, onde Outubro se revelou particularmente devastador.
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