Está-se, assim, a gerar um cenário extremamente perigoso, não apenas para os formandos, mas para com quem com eles opera, bem como para as populações que estes devem proteger e interagir, com a responsabilidade a recair sobre quem toma esta decisão que consideramos iníqua e ilegal, podendo inclusivé ter uma vertente criminal.
Enviar para um cenário de perigo quem não está devidamente preparado, corresponde a colocar em risco todos os intervenientes, para além daqueles que, supostamente, seriam apoiados, pelo que, caso algo corra mal, espera-se que os decisores sejam processados a nível civil e criminal, de acordo com as consequências reais e potenciais dos seus actos, repondo alguma justiça e evitando que algo semelhante possa ocorrer no futuro.
Depois de diversas polémicas relacionadas com as condições no centro de formação da GNR em Portalegre ou com os métodos de treino nele praticados, impunha-se à tutela um muito maior cuidado, e sensibilidade, na forma como os formando são tratados, incluindo-se aqui as missões que lhes possam ser atribuídas, e que em caso algum podem comprometer a segurança dos próprios e das populações com as quais vão interagir, pelo que esta opção nos parece absurda.
Compensar a falta de efectivos com formandos, sem a preparação adequada, levanta um conjunto de problemas graves, técnicos, operacionais, jurídicos e mesmo éticos, que parece escaparem aos decisores políticos que, perto de um acto eleitoral, não hesitam em repetir uma fórmula errada, esquecendo que, havendo consequências negativas, lhes seram imputadas todas as responsabilidades, incluindo aqui a vertente criminal que, certamente, não será esquecida.
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