A conjugação dos factores, que confluindo, podem ser activados por uma simples alteração climática, que podendo parecer inofensiva em sí própria, terá a capacidade para desencadear uma sequência fatal, desde que o cenário esteja criado, com os vários elementos presentes, algo que, infelizmente, acontece um pouco por todo o País, embora com maior incidência nalgumas regiões.
No fundo, face aos cenários existentes, distintos, mas com muitos traços em comum, dificilmente se pode falar em surpresa, nem será de esperar que apenas em circunstâncias muito específicas o pior possa acontecer, do que decorre uma situação de perigo muito prolongada, que tende a permancer, potencialmente, durante muitos meses, o que implica a existência de um dispositivo cuja máxima força não pode ser concentrada num par de meses.
O alargar deste perído, corresponde, portanto, a uma maior dispersão temporal de meios, pelo que, para que o nível de resposta seja equiparado, apenas uma maior disponibilidade de recursos pode compensar a necessidade óbvia de implementar novos princípios e uma calendarização completamente diferente daquela que, apenas uma década atrás, parecia satisfatória e traduzia a realidade de então.
Actualmente, face ao ordenamento do território, bem como à ideia absurda de que, acumulando meios de combate, haverá menos incêndios, é absolutamente inevitável que o País continue a arder, queimado não por incendiários, mas pelas opções que diversos políticos foram implementando, num completo alheamento da realidade, sem perspectiva de médio e longo prazo, numa constante luta pela sua própria sobrevivência, independentemente do preço que outros venham a pagar.
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