terça-feira, outubro 22, 2019

O Brexit do costume - 2ª parte

Sabendo que, dependendo do transportador e do despachante, a passagem de mercadorais pelas alfândegas portuguesas já implica uma demora que, no caso de objectos postais da responsabilidade dos CTT, facilmente ultrapassam um mês e meio, com o acréscimo no volume de despacho que decorre do Brexit, o aumento do tempo de espera pode aumentar de forma muito substancial, com impacto não apenas nas encomendas via Reino Unido, mas de todos os restantes países extra-comunitários.

Naturalmente, após um período de habituação, as principais empresas estabelecidas no Reino Unido encontrarão formas de ultrapassar os constrangimentos, seja implementando novos circuitos de distribuição, com filiais em território comunitário, seja através de novas políticas comerciais, mas tal irá demorar a concretizar-se, algo que, face a todas as actuais indefenições acaba por ser inevitável, por ser impossível antecipar o fim deste processo.

Para todos aqueles que adquirem bens em Inglaterra, e quem possui um Land Rover tipicamente está incluído neste grupo, será de avaliar se efectuar algumas aquisições antes da possível saída deste país do espaço comunitário não se revelará prudente e um investimento a ter em conta, mesmo que corresponda a um empate de capital, que, caso possível, pensamos que se justifica face ao futuro incerto que o processo de Brexit continua a encerrar.

Assim, tal como quanto abordamos este problema, que cremos será bastante mais sério e com maior impacto do que muitos prevêm caso o Brexit se efective, reiteramos o conselho de antecipar as aquisições previstas, sobretudo a de produtos que possam ser necessários com alguma urgência em caso de surgirem situações imprevistas, mantendo alguma reserva que evite os prejuízos que sempre decorrem de falhas numa cadeia de abastecimento, quando esta envolve peças ou outros items essenciais para o desenvolver de uma actividade ou para a operacionalização de equipamentos.

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