O accionamento de uma segunda ambulância também do Beato, que iria percorrer a mesma distância, é algo que deve ser explicado, sobretudo se o contacto foi efectuado directamente para a corporação de bombeiros e não através do Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CDOS), que poderia ter meios posicionados num local mais favorável e que, portanto, chegariam mais rapidamente ao local do incidente.
Por outro lado, tendo sido pedido um meio diferenciado, no caso concreto, pelo que se sabe, uma Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER), que não foi enviada, presume-se que por indisponibilidade, mas cuja ausência nesta ocorrência tem que ser justificada, aponta igualmente para uma flagrante escassez de meios ou para uma gestão duvidosa dos mesmos.
Oviamente, face às distâncias a percorrer, pode o CDOS ter concluído que a VMER chegaria ao local da ocorrência após o doente ter chegado ao hospital, caso a ambulância que o transportava partisse nessa altura, pelo que a espera pela VMER deixaria de fazer sentido, mas o facto é que, face ao tempo que decorreu entre o accionamento de meios e a chegada ao destino, tal necessita de ser devidamente esclarecido.
Infelizmente, as condições de transitabilidade em Lisboa, uma cidade cada vez mais desestruturada, onde vias para veículos são eliminadas, dando lugar a ciclovias, algo que sucede em vias estruturantes e essenciais para o socorro, contribui para o aumento do tempo de espera e para a impossibilidade de efectuar as missões com a rapidez necessária para que se revelem eficazes.
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