segunda-feira, novembro 16, 2020

Correr atrás do prejuízo - 7ª parte

Sem dúvida que, vão acrescer aos problemas habituais os que resultam da substancial redução de horário dos supermercados ao fim de semana, do que resulta uma inevitável acumulação de clientes nas escassas horas a que estes funcionam, do que pode resultar um aumento da transmissão do vírus e uma potencial conflitualidade, sobretudo se houver filas de espera na entrada e a impossibilidade de atender todos os clientes no horário de funcionamento, que implica o encerramento pelas 13:00.

A opção por encerrar os supermercados pelas 13:00, anunciada numa 5ª feira pela hora de jantar, deixa menos de 48 horas para quem necessita de bens essenciais efectuar essas compras, o que pode não estar ao alcance de todos, sendo de prever que, após uma compreensão pelo que parece ser uma retaliação contra o anúncio de abertura das lojas do Pingo Doce às 06:30, que levou a uma revolta por parte de diversos consumidores, esta decisão do Governo tenha efeitos muito contraproducentes.

Várias questões ficaram por responder, como a manutenção ou não da actividade política, de diversas competições e provas desportivas, mesmo que sem público, de um conjunto de actividades não essenciais, o prolongamento de prazos para documentos que expirem durante este período ou a suspensão ou redução de taxas ou outros encargos referentes a actividades que dificilmente podem ter o retorno esperado, bem como as consequências para quem não cumpra as medidas agora aprovadas, do que depende, em muitos casos, o seu efectivo cumprimento.

Outras medidas, como os números de novas admissões de pessoal para o Serviço Nacional de Saúde, incluindo-se médicos, enfermeiros e auxiliares, para além de apontarem para datas de admissão muito tardias, dificilmente resultarão em contratações, tais as condições oferecidas, com vencimentos absurdamente baixos face à realidade nacional e às exigências acrescidas dos dias de hoje.

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