quarta-feira, novembro 18, 2020

Correr atrás do prejuízo - 8ª parte

Mesmo algumas medidas de compensação, como as que foram anunciadas para o sector da restauração, particularmente afectado pelas actuais restrições, parecem meros paleativos, sendo muito dúbio que se revelem eficazes, sobretudo caso as medidas em vigor se mantenham por algumas semanas, algo que, actualmente, parece inevitável.

Este conjunto de medidas, que aparecem tardiamente, de forma improvisada e mal estruturada, parecem ineficazes, podendo ter, no máximo, um pequeno impacto no controle da pandemia, sendo provável que necessitem de ser reconfiguradas e ampliadas, eventualmente de forma selectiva, com maior incidência nos concelhos mais atingidos, alguns dos quais enfrentam situações particularmente críticas.

Naturalmente, do seu prolongar no tempo, e tendo em conta que o número de concelhos abrangidos tenderá a aumentar, poderão sentir-se alguns efeitos, mesmo que difíceis de apurar, mas estes, tendo em conta o período de incubação, apenas serão perceptíveis passadas duas a três semanas, um espaço de tempo que se afigura longo face ao aumento da pressão e à aparente inconsequência das medidas adoptadas.

Uma comparação com outros países, e pode-se aprender muito com alguns, permite obter outro tipo de informações, sendo patente que Espanha e Itália têm apresentado melhorias, com uma estratégia diferente, que pode, em antecipação a outras experiências, eventualmente arriscadas e incertas, oferecer algumas alternativas a ter em conta e que podem ser implementadas antes que se corra, novamente, atrás do prejuízo.

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