Por exemplo, a chegada da vacina e o início do programa de vacinação, mesmo tendo em conta que vai demorar a abranger toda a população, pode ter como consequência, mesmo que de forma inconsciente, um baixar da guarda e o adoptar procedimentos menos cuidadosos ou rigorosos, do que facilmente resulta um maior perigo para quem muda de comportamento e um aumento do número de infecções.
É de notar que o aumento do número de vítimas mortais ainda não se faz sentir, por estes serem diferidos no tempo relativamente às infecções, mas podemos esperar que uma subida semelhante, em termos percentuais, de acordo com os modelos matemáticos utilizados, possa ocorrer dentro de poucas semanas.
Naturalmente, as restrições severas impostas na altura da passagem de ano, e que em muitos casos serão contornadas, através do recurso a festas particulares ou estadias em unidades hoteleiras, por exemplo, de forma alguma compensam o agravamento verificado durante o Natal, podendo nem se sentir o efeito destas devido à proximidade entre estas datas e o diferimento no tempo das consequências do período de maior liberdade.
Sobrepondo-se o perído em que se verificam os efeitos do Natal com a passagem de ano, o mais provável é que, depois de um pico no número de infecções, já no início de Janeiro, pode transparecer a ideia de que as restrições forma pouco eficazes, limitando-se a penalizar quem pretendia comemorar a entrada num novo ano e quem necessita destes festejos para a sua sustentabilidade económica.
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