Da apresentação de mais uma etapa do plano de desconfinamento decorre, imediatamente, um conjunto de dúvidas que colocam em causa as consequências das escolhas do governo, sendo de prever um aumento dos contágios e o aumento do grau de incerteza.
A primeira opção que estranhamos, e que pode ter consequências graves, deriva do período necessário para reverter uma evolução, caso os dados quinzenais apontem para um aumento dos contágios, e cuja periodicidade, mesmo sabendo que neste tipo de série tem que se proceder a algumas correcções, compensando ou equilibrando factores que estabilizam com a repetição, é demasiado longa, impedindo uma acção atempada.
Tendo em conta que estes dados são quinzenais e serão necessários dois conjuntos de dados, com evolução no mesmo sentido e a entrada numa zona mais desfavorável do célebre quadro que serve como referência, é necessário praticamente um mês para que sejam adoptadas medidas mais restritivas, sendo este um período demasiadamente longo e durante o qual uma situação pode passar de complexa a descontrolada.
Consideramos absolutamente necessário um processo decisional mais rápido, para além de um maior esforço de testagem em locais onde o contágio continue a ser elevado, e que será a forma de determinar, com maior rapidez, qual o tipo de contágio existente e os perigos que daí decorrem.
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