Decorre, quase certamente, que quem teve um teste não negativo não irá por em risco familiares ou incorrer na possibilidade de realizar um teste vinculativo, numa instituição que reporte o resultado, para usar os mesmos exemplos previamente apontados, mas muitos terão continuado a sua vida normal, com maior ou menor prudência, mas sem as restrições inerentes a um resultado positivo relatado às autoridades de saúde.
Desta forma, e dado que a testagem não tem alcançado os números dos meses mais críticos, nos quais o número de testes foi elevado, o seguimento da situação pandémica torna-se extremamente difícil, podendo resultar em decisões erradas, porque baseadas em dados insuficientes, ou no surgimento de novas cadeias de infecção a nível comunitário, que se revelam de detecção e acompanhamento particularmente complexos.
Podem-se apontar muitas razões para os resultados não serem reportados, mesmo quando negativos, mas podemos estabelecer um paralelo com o sucedido com a "Stayaway Covid", e que, em grande parte, passa pela falta de confiança no Estado, mas que tem uma importante vertente económica, sendo certo que um resultado não negativo tem implicações relevantes a nível laboral.
Assumindo que a grande maioria dos resultados são negativos, a sua não comunicação terá a ver, naturalmente, não com uma consequência prática, inexistente, mas com a falta de confiança no Estado, um certo alheamento ou desinteresse em colaborar com orgãos públicos, mesmo que estes actuem na área da saúde e do seu bom funcionamento resulte um impacto positivo para a sociedade, e para o próprio, bem como algumas dificuldades por parte de muitos quando se trata da utilização de sistemas tecnológicos.
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