Era absolutamente expectável, face aos constantes aumentos dos preços dos combustíveis, mas o ultrapassar da barreira psicológica dos dois Euros tem um impacto óbvio na percepção que os consumidores têm sobre estes aumentos, e a possibilidade de um aumento generalizado de preços de um vasto conjunto de bens torna-se mais real, dada a dependência de sistemas logísticos que dependem dos combustíveis fósseis.
A opção do Governo em manter a fórmula de cálculo fiscal, que se traduz por um aumento bruto sempre que os preços sobem, dado que existe proporcionalidade, entre o custo e os impostos cobrados, resulta num enorme aumento de receitas para o Estado, sob a forma de um imposto indirecto para os consumidores.
Acresce o facto de no Orçamento de Estado proposto, a carga fiscal aumentar percentualmente, sempre alegando questões ambientais, mas que, efectivamente, e porque a receita é utilizada para outros fins que não a reconversão da economia para modelos menos poluentes, visa exclusivamente obter maiores receitas fiscais.
Lembramos, a título meramente exemplificativo, a introdução de uma contribuição para ser utilizada na reflorestação do país, e que, efectivamente, nunca foi utilizada para o fim proposto, revertendo para uma simples receita fiscal adicional, numa óbvia falsidade que foi esquecida pela maioria.
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