A ideia de limitar as margens da gasolineiras, que é muito pequena em termos reais, não tem aplicabilidade prática e pode comprometer a concorrência, eliminando os competidores mais fracos, pode resultar num alívio temporário, mas irá ser penalizador em termos de médio e longo prazo.
Naturalmente, a tentação para o incumprimento, directo, recorrendo a expedientes, ou indirecto, procedendo a aquisições em Espanha, sempre que a distância assim o permita, do que resulta efectuar outras aquisições no país vizinho, prejudicando a economia numa faixa fronteiriça que se vai alargando a cada aumento, com um impacto muito difícil de avaliar, mas cada vez mais sério.
Dificilmente se pode calcular quantos residentes em Portugal abastecem em Espanha, mas pode-se fazer uma média de consumo de combustíveis nas várias zonas do País e aferir qual a diminuição que se pode registar à medida que a fronteira fica mais próxima, o que, sendo pouco preciso, por a realidade ser distinta nos vários distritos, pode, pelo menos intuir quanto à real perda de receitas nesta longa faixa de território nacional.
No entanto, é de salientar que no interior do País a alternativa ao transporte pessoal é escassa, pelo que a redução do consumo de combustíveis é inviável, tal como o é a substituição dos veículos em circulação por modelos menos poluentes, eventualmente híbridos ou eléctricos, dado que estas são zonas particularmente empobrecidas, onde os recursos para este tipo de aquisição são virtualmente inexistentes.
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