É de notar que mesmo objectos postais encomendados com direitos pré-pagos, ou seja, dispensando formalidades alfandegárias, acompanhados da respectiva documentação emitida por entidades reconhecidas, aguardam vários dias, podendo entrar nas semanas, antes de serem entregues, ocupando espaço e, inevitavelmente, acabando por contribuir para a calamitosa situação que se vive.
É impossível contabilizar os prejuízos causados pelo inaceitável desempenho dos CTT na economia nacional, tendo os destinatários, caso possível, por optar em aceitar as crescentes demoras, ou, caso a opção esteja disponível, pagar um valor acrescido pelo envio, recorrendo a outra empresa, do que resulta, objectivamente, o aumento dos custos totais de mercadorias e perda de valor e competitividade na economia nacional.
Pode-se sempre objectar que a maioria deste meio milhão de objectos serão de baixo valor ou que se destinam a uma utilização privada, algo que não está confirmado, mas, mesmo que o valor médio seja de uma vintena de Euros e metade seja para uso privado, o valor dos objectos retidos destinados a uma utilização profissional ronda os 5.000.000 de Euros, podendo ser parte de projectos imobilizados pela falta de componentes, pelo que o valor total imobilizado pode representar, para a economia nacional, dezenas de milhões de Euros.
Manifestamente, os CTT não respondem adequadamente ao exigível nos dias de hoje, facto reconhecido por qualquer analista objectivo, e o facto de continuarem a ter a concessão do Serviço Postal Universal representa um prejuízo incalculável para a economia nacional, sendo apenas um dos inúmeros factores que leva ao empobrecimento de um país sem competitividade.
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