Podemos, facilmente, confrontar-nos com situações em que, estando em tele-trabalho, que pode ser realizado a partir de qualquer local com acesso a comunicações, e com filhos sem aulas, muitas famílias permaneçam em lugares de férias, fora da residência habitual, mantendo contactos fora do âmbito familiar mais restrito, tal como o Governo espera com esta imposição.
Daqui decorre que, em vez de uma semana de convívio entre o Natal e a passagem de Ano, a chamada "semana de contenção" proporcione uma semana extra em condições semelhantes, pelo que o risco de contágio pode duplicar, não obstante poder ser amortecido pelo facto de, pela extensão deste periodo, infecções na fase inicial se poderem revelar sintomáticos antes do regresso a actividades presenciais, algo que não sucede com contrágios mais tardios.
Acresce o facto de, nesta conjuntura, fora dos locais habituais, haver lugar a algum relaxamento, com maior exposição e, quase certamente, menor testagem, o que pode empurrar o número de casos conhecidos da primeira para a segunda semana de Janeiro, a apenas duas semanas das eleições legislativas, no início da campanha eleitoral para estas.
Temos, ainda, que reconhecer que uma nova variante, proveniente da África so Sul, designada por Omicron, pode ter consequências ainda imprevisíveis, desconhecendo-se, nesta altura, se as actuais vacinas oferecem protecção, e em que níveis, introduzindo na equação uma nova variável, ainda indeterminada, que pode obrigar a recalcular não apenas os dados, mas a redefenir as próprias fórmulas.
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